Quando as CARTAS chegam SEM TEMPO.
No nosso tempo de criança (e isso lá faz muito tempo?) – era incrível ver na TV e nas revistas tantas pessoas impossíveis.
Celebridades. Estrelas. Personalidades. Entidades.
Empurrados pela criatividade da nossa nave-mãe, descobrimos um jeito de tocar essa gente quase incorpórea: CARTAS.
Era incrível o poder de um envelope que levávamos quando pequenininhos até a caixa dos Correios.
Ele costumava carregar um papel com algumas letrinhas.
Às vezes levava até uma lembrancinha. Um desenho. Uma bolacha de natal da Oma.
E só não era mais incrível quando a carta voltava. Com a prova de que aquele vulto existia.
Às vezes com um obrigado. Um valeu. Um “olha… o que você mandou, derreteu”.
Mas o tempo veio e castigou. E ajudou a esquecer.
Como era mesmo a carta que nós enviamos?
Qual era A PERGUNTA dessa RESPOSTA?
E este é o convite dessa exposição.
Através das respostas que o tempo grudou nas cartas guardadas lá em casa – resolvemos recriar (com rabiscos e miolo de pão) algumas perguntas que fizemos (ou poderíamos ter feito) para conseguir essa e aquela resposta.
Aproveite. Com tempo. O despacho é por nossa conta.