Fotografar é um modo de se colocar no mundo, uma extensão do ser fotógrafo.
Foi assim com Diorgenes Pandini, nos 36 dias em que esteve na Rússia durante a Copa do mundo de 2018.
Contemplando uma realidade alheia, o primeiro impacto foi o das diferenças, em seguida veio a curiosidade e o impulso de viver cada momento a partir da sua mirrorless. Pois, se Pandini não fala Russo, tem fluência em fotografia.
Foi através da fotografia, seu modo de interpretação do mundo, que foi para as ruas mostrar que sua perspectiva não é universal.
Fotografando tudo e todos, o tempo todo, Pandini descobriu o quão diferente é viver na Rússia e o tanto de similaridades temos com esse viver.
Esta exposição não é um documento sobre a Rússia, mas um recorte autoral e uma reflexão sobre o quanto são frágeis os estereótipos criados a partir da repetição do senso comum.
Lucila Horn – Curadora