Picasso, minha melhor companhia – Luciano Martins

25/11 até 17/02/2024

Pablo Diego José Francisco de Paula Juan Nepomuceno María de los Remedios Cipriano de la Santísima Trinidad Ruíz y Picasso, ou… simplesmente Pablo Picasso!

Nascido em 25 de outubro de 1881, em Málaga na Espanha, foi um dos artistas mais polêmicos e influentes da história da arte do século 20. Pintor, escultor, ceramista, cenógrafo, poeta e dramaturgo, passou a maior parte da sua vida na França. Morreu em Mougins, em 8 de abril de 1973. Cinquenta anos após sua morte, inúmeras exposições na França, Espanha e em todo o mundo, celebram o trabalho e o seu imenso legado artístico. Uma “mobilização sem precedentes” ao pintor espanhol! Exposições com suas várias fases, diálogos com artistas de sua época e mostras com visões contemporâneas homenageiam este grande gênio das artes.

Aqui no Brasil, resolvi fazer uma singela homenagem, apresentando uma série de releituras que, assim como Picasso, fiz em fases diferentes da minha carreira. Sempre achei que as releituras possuem um enorme valor educativo, em especial no campo das artes plásticas e que, algumas vezes, geram resultados que se tornam conhecidos e dão origem a uma sequência de obras, em outros tempos e estilos. Há casos de grandes artistas que as utilizaram para homenagear seus mestres ou alguma obra em especial. E claro, Picasso também foi um deles!

Existem vários exemplos disso na arte, como é o caso da pintura “Almoço na Relva” de Manet, que inspirou o quadro de Picasso. Manet se inspirou em “Concerto Pastoral” de Giorgione e em uma gravura de Raimondi, “O Julgamento de Paris”, baseada em um desenho de Rafael Sanzio. Ou, ainda, O “Balcão de Manet” de Magritte, releitura de “O Balcão de Manet”, que releu “O Balcão” de Goya. Outro pintor bastante conhecido, o holandês Vincent Van Gogh, também releu por inúmeras vezes o seu grande ídolo, o francês Millet. E assim, as releituras perpetuam.

Em determinado período da minha carreira, elas apareceram com maior incidência. Foram anos visitando as principais coleções de arte do mundo para “encontrar-me” com o meu grande mestre! Estive no Museu Picasso de Paris, de Barcelona, Reina Sofia, Moma, Museu d’orsay, Centro Pompidou, Petit Palais, Masp, Museu Solomon R. Guggenheim entre inúmeras outras instituições que abrigam o trabalho de Picasso. Ter tido a oportunidade de estar diante de duas de suas grandes obras-primas, como Les Demoiselles d’Avignon e Guernica, transformaram minha percepção de arte para sempre! Entendam: longe, muito longe da minha intenção , totalmente impossível a pretensão, de produzir o manifesto político de Picasso. O que narro aqui é a relação da minha história com este artista que há mais de 20 anos me acompanha. Essas releituras, na verdade, são uma homenagem a este artista que tanto me inspira, o verdadeiro responsável da minha paixão pela arte. E que agora, compartilho com vocês!

Luciano Martins

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