Revérbero – Roni Munk

08/06 até 10/08

“Revérbero” é uma exposição inédita do artista visual Roni Munk, que vai preencher com fotoesculturas um dos pavilhões do Instituto Internacional Juarez Machado, em Joinville (SC) – esta é a primeira exposição do artista fora do eixo Rio-SP.  As obras são resultado de um ano e meio de trabalho sob mentoria de Scott McLeay, que também é artista de novas mídias e fotógrafo. Scott, canadense, com trabalhos exibidos em vários países, trabalha com artistas em ascensão, por meio do questionamento de decisões sobre perspectivas e processos conceituais, escolhas estéticas e técnicas.

“Vejo o Roni como um artista visual contemporâneo que trabalha em três dimensões utilizando diversos materiais orgânicos e industriais, fotografia e luz para criar obras que cada vez mais têm uma qualidade de instalação interativa. É difícil categorizar o trabalho do Roni e vejo isso como algo muito bom. Seu trabalho é original e em constante evolução”, diz Scott.

Em “Revérbero” os observadores podem apreciar mais de 25 obras resultantes dessa trajetória, que trazem temas escolhidos por Roni Munk, como dogmas, meio ambiente, racismo estrutural, entre outros. Esses assuntos foram trabalhados com a manipulação de chapas de aço, que tomaram diversas formas, definiram vazios e se apropriam de texturas, com a aplicação das fotos de Roni em fineart. “A fotografia tem essa tônica de registrar um momento. Ao desconstruí-la, as verdades se diluem, o que é importante. Uma das características do contemporâneo é questionar e vivemos numa época em que aflora uma tendência de libertação dos pensamentos, de permitir escolhas, de questionar e pluralizar”, comenta Munk.

Roni inspira-se no neoconcretismo, nas Lygias, em Oiticica e em Ferreira Goullart e na exposição “Photography into Sculpture realizada no Moma em Nova Iorque em 1970; considera o público como participante ativo que precisa ser instigado a ser co-autor ou co-artista. Segundo Scott, “Revérbero” proporciona um universo credível, no qual o visitante é imerso na mente e na alma do artista, deixando marcas indeléveis, a partir de uma cenografia não narrativa coerente, com obras que contam sua história otimizando o desejo de Roni Munk de provocar conversas com o público. Sobretudo, “Revérbero” pretende provocar reflexões para que as pessoas saírem diferentes da exposição, com insights sobre si e reverberar.

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