Juarez Machado

Juarez Machado nasceu em Joinville/SC em 16 de março de 1941. Filho de João de Oliveira Machado, um caixeiro viajante que também era colecionador de antiguidades, restaurador de relógios e fotógrafo, e de Leonora Busch Machado – talentosa operária que pintava leques em uma ainda pequena fábrica local.

Desde cedo teve contato com as artes – todas as noites a mesa de jantar se transformava em um pequeno atelier onde os irmãos, Juarez e Edson, começaram seus rabiscos – o primeiro desenho de Juarez foi aos três anos de idade, um tanque de guerra em um canto de jornal.

Certo de seu desejo e determinado em seguir a sua vocação, seu primeiro emprego foi em 1958 no Laboratório Catarinense desenhando rótulos, embalagens de remédios e para o Almanaque Renascim.

No início da década de 1960 foi estudar na Escola de Belas Artes em Curitiba/PR. Logo começou a participar de exposições e salões de arte, ganhando seu primeiro prêmio pela obra “Operários do Itaum”. Também trabalhou na TV Paraná produzindo cenários para programas como o “Doutor Pomposo”, ao lado de Ary Fontoura.

Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1965, trabalhando e convivendo com alguns dos mais importantes personagens da cultura brasileira. Fez grandes amigos… Juca Chaves, Ziraldo, Mielle, Millôr Fernandes, Sergio Rodrigues, Jaguar, Henfil, Zanini, entre outros.

Participou intensamente nos movimentos culturais e artísticos da cidade. Trabalhou como chargista e cartunista nos principais jornais e revistas da época no país. Ilustrou dezenas de capas de discos, de cadernos e de livros para diversos autores. Desenhou para Oscar Niemeyer. Criou cenário para peças teatrais, shows musicais e espaços culturais. Foi pioneiro na publicação de livros infantis de imagens sem texto, recebendo prêmios no Brasil e exterior por alguns dos títulos lançados.

Por mais de vinte anos trabalhou na Rede Globo. Integrou os núcleos de criação e de humor ao lado de Max Nunes, Chico Anysio, Borjalo e Jô Soares. Foi responsável por diversas vinhetas, aberturas e chamadas dos programas, também por inúmeros cenários e figurinos, dentre eles, os humorísticos “Faça Humor não Faça Guerra” e “Balança, mas não cai” e o infantil “Balão Mágico”. Também trabalhou na produção de videoclipes e musicais de artistas como Elis Regina, Roberto Carlos, Raul Seixas, Emilio Santiago, entre outros. Em meados da década de 70, se popularizou no país inteiro ao atuar como um personagem mímico interagindo com os próprios desenhos, exibidos durante o programa “Fantástico”.

No início dos anos 80, se mudou para Paris fixando residência em Montmartre, onde está localizado o seu principal atelier. Em constante produção, mantém ativos outros dois – em Joinville e em Copacabana no Rio de Janeiro – sua casa oficial no Brasil.

A arte de Juarez, com seus traços únicos e cores inconfundíveis, é fonte de referência e inspiração para novas produções em outras linguagens artísticas como espetáculos de dança, de música e até mesmo no cinema, como no premiado filme “Le fabuleux destin d’Amélie Poulain”, do diretor francês Jean-Pierre Jeunet.

Pintor, escultor, ator, desenhista… Juarez Machado saiu de casa para se tornar cidadão do mundo. Hoje, é reconhecido como um dos mais importantes e influentes artistas brasileiros – suas obras podem ser encontradas em museus, galerias, em coleções particulares, em espaços públicos e privados.

Em 2014, cumpriu a promessa feita ainda na infância – de que um dia voltaria à cidade para fazer um espaço onde todas as pessoas pudessem livremente conhecer e apreciar as artes. Para tanto, abriu a antiga casa de sua família para criar o Instituto Internacional Juarez Machado, em Joinville/SC – entidade privada e sem fins lucrativos, de caráter cultural, educacional, social e artístico. Mais do que um grande centro de artes e de cultura, é a extensão de toda a vida e obra de Juarez Machado em seus mais de 70 anos de carreira e uma verdadeira declaração de amor à Joinville.

Juarez Machado

Juarez Machado was born in Joinville/SC on March 16, 1941. Son of João de Oliveira Machado, a traveling salesman who was also an antiques collector, watch restorer and photographer, and Leonora Busch Machado – a talented worker who painted fans in a still small local factory.

He had contact with the arts from an early age – every night the dining table turned into a small atelier where the brothers, Juarez and Edson, began their doodles – Juarez’s first drawing was at the age of three, a war tank in a newspaper corner.

Certain of his desire and determined to follow his vocation, his first job was in 1958 at Laboratório Catarinense, designing labels, medicine packaging and for the Almanaque Renascim.

In the early 1960s, he went to study at the School of Fine Arts in Curitiba/PR. Soon he began to participate in exhibitions and art salons, winning his first prize for the work “Operários do Itaum”. He also worked at TV Paraná producing sets for programs such as “Doctor Pomposo”, alongside Ary Fontoura.

He moved to Rio de Janeiro in 1965, working and interacting with some of the most important figures in Brazilian culture. He made great friends… Juca Chaves, Ziraldo, Mielle, Millôr Fernandes, Sergio Rodrigues, Jaguar, Henfil, Zanini, among others.

He participated intensely in the cultural and artistic movements of the city. He worked as a cartoonist and cartoonist in the main newspapers and magazines of the time in the country. He illustrated dozens of album covers, notebooks and books for various authors. Designed for Oscar Niemeyer. It created scenery for theater plays, musical shows and cultural spaces. He was a pioneer in the publication of children’s books with images without text, receiving awards in Brazil and abroad for some of the titles released.

For more than twenty years he worked at Rede Globo. He was part of the creation and humor groups alongside Max Nunes, Chico Anysio, Borjalo and Jô Soares. He was responsible for several vignettes, openings and calls for the programs, as well as for numerous sets and costumes, among them, the humorous “Faça Humor não Fazer Guerra” and “Balança, mas não cai” and the children’s “Balão Mágico”. He also worked in the production of music videos and musicals by artists such as Elis Regina, Roberto Carlos, Raul Seixas, Emilio Santiago, among others. In the mid-70s, he became popular throughout the country by acting as a mimic character interacting with his own drawings, shown during the “Fantástico” program.

In the early 1980s, he moved to Paris, settling in Montmartre, where his main studio is located. In constant production, it keeps two others active – in Joinville and in Copacabana in Rio de Janeiro – its official home in Brazil.

The art of Juarez, with its unique traits and unmistakable colors, is a source of reference and inspiration for new productions in other artistic languages ​​such as dance shows, music and even cinema, as in the award-winning film “Le fabuleux destin d’Amélie Poulain”, by French director Jean-Pierre Jeunet.

Painter, sculptor, actor, designer… Juarez Machado left home to become a citizen of the world. Today, he is recognized as one of the most important and influential Brazilian artists – his works can be found in museums, galleries, in private collections, in public and private spaces.

In 2014, he fulfilled the promise he made in his childhood – that one day he would return to the city to create a space where all people could freely discover and appreciate the arts. To this end, he opened his family’s old home to create the Juarez Machado International Institute, in Joinville/SC – a private, non-profit organization with a cultural, educational, social and artistic character. More than a great arts and culture center, it is the extension of all the life and work of Juarez Machado in his more than 70 years of career and a true declaration of love for Joinville.

0
0
Seu carrinho
Carrinho VazioVer produtos